Outubro 9, 2018
Não faz muito tempo que todos os dispositivos eletrônicos tinham que ser desligados durante a decolagem e aterrissagem e os telefones não podiam ser usados durante os voos. No entanto, nos últimos anos, mais e mais companhias aéreas estão afrouxando essas regras, e muitas até começaram a oferecer a opção de wi-fi durante o voo.
Você já se viu verificando seu feed do Facebook ou conversando no WhatsApp enquanto voa sobre as nuvens a caminho de um destino de férias distante e de repente se perguntou como é possível estar conectado ali? Veremos como tudo funciona, para que, da próxima vez, você saiba.
Como funciona?
Em suma, existem dois sistemas em paralelo que permitem que você fique conectado durante seu voo. O primeiro usa redes de torres terrestres que envia sinais captados por receptores sob a fuselagem do avião. Isso basicamente transforma a aeronave em um hotspot voador, permitindo que os usuários fiquem conectados. Seus dados são enviados pelo avião diretamente de volta ao solo.
Conforme o avião viaja, ele se conecta à torre mais próxima, mudando de uma para outra durante todo o voo. Imagine andar por uma rua onde você tem as senhas do wi-fi de todos os cafés e bares ao longo do caminho; à medida que você se move, seu telefone se conecta automaticamente a cada novo sinal. O avião é um pouco parecido com uma versão gigante no ar, transmitindo o sinal para seus passageiros quando passa sobre as torres abaixo dele.
1. Antenas wi-fi posicionadas na cabine recebem sinais dos passageiros;
2. Os sinais são enviados aos servidores no avião;
3. Uma antena externa transmite o sinal para um satélite fornecendo a cobertura que retransmite da estação de acesso via satélite no solo;
4. Dentro do alcance, os sinais podem ser enviados diretamente para torres móveis no solo com cobertura em áreas com maior concentração de aeronaves, grandes centros e rotas de alta densidade;
5. No chão, a informação é encaminhada através de um “ponto de encontro” antes de ser direcionada para onde precisa ir.
Posso usá-la acima do oceano?
O problema com este sistema é que quando você está voando sobre grandes extensões do oceano ou sobre lugares particularmente remotos em terra, não há torres para se conectar e por isso não é possível acessar a rede wi-fi. É aqui que o segundo sistema assume o controle.
Quando não há torres ao alcance, o wi-fi no voo muda para um sistema baseado em satélites circulando na órbita geossíncrona – isso significa que enquanto o planeta gira, o satélite permanece sempre no mesmo ponto fixo acima da Terra.
De certa forma, é como ter uma rede de torres no céu. Conforme o avião viaja, ele fica conectado ao mais próximo via antenas, desta vez localizadas no topo da fuselagem. Com este sistema, os dados do seu dispositivo não podem viajar diretamente para o solo, mas são enviados ao satélite, que o envia de volta à Terra.
Por que ela é tão lenta?
Uma das primeiras empresas a oferecer wi-fi durante o voo foi a Gogo. Seu serviço foi lançado pela primeira vez nos voos da Virgin America em 2008, um ano após o surgimento do primeiro iPhone. Naquela época, poucas pessoas tinham um smartphone e apenas algumas precisavam se conectar ao serviço durante o voo – portanto, em 2008, a velocidade de download de 3Mbps oferecida era boa.
No entanto, dez anos depois, é raro um passageiro que não carrega algum tipo de tablet, smartphone ou laptop, e nossos requisitos também são muito mais exigentes agora. Quando nos conectamos ao wi-fi, não queremos apenas enviar alguns e-mails, também esperamos poder transmitir filmes, jogar ou fazer chamadas telefônicas pela Internet – confira este artigo sobre como aproveitar as ligações on-line.
O problema é que, como você pode imaginar, é muito mais caro atualizar os sistemas baseados em satélites do que os em terra, e a tecnologia tendeu a ficar defasada. Atualmente, as velocidades oferecidas para serviços wi-fi durante o voo são muito mais lentas do que estamos acostumados em nossas casas e escritórios, e o volume de usuários em um avião também é um problema.
Quanto custa?
Com raras exceções, quando é fornecido gratuitamente, o uso de wi-fi durante o voo tende a ser muito mais caro do que estamos acostumados. Quando estamos em um local, nos acostumamos com os bares, restaurantes, albergues e hotéis oferecendo acesso wi-fi gratuito – exceto, paradoxalmente, alguns dos hotéis mais caros que costumam cobrar tarifas exorbitantes.
Nos aviões, no entanto, esses preços são mais justificados. Como mencionamos, é caro instalar um sistema de satélite e mantê-lo, e as antenas acima e abaixo da fuselagem também aumentam a resistência do vento, aumentando o consumo e o custo do combustível necessário para o voo. Tudo isso é passado para o cliente, o que significa que o wi-fi no voo pode ser caro. A América do Norte atualmente tem uma infraestrutura melhor do que em outros lugares, tornando-se o local mais barato para se conectar no ar, mas a Europa está correndo atrás.
O que podemos esperar no futuro?
Os desenvolvimentos estão em curso em ambos os lados do Atlântico. A Gogo está em processo de lançamento de seu serviço 2Ku, que promete melhor confiabilidade e uma conexão muito mais rápida. Eles afirmam que eventualmente poderão oferecer velocidades de até 70Mbps sob condições ótimas, muito mais rápidas até do que a maioria dos sistemas baseados em terra podem alcançar atualmente – embora, no momento, as velocidades que eles alcancem sejam muito mais lentas que isso.
Na Europa, a Deutsche Telekom e a Inmarsat estão em parceria com a Nokia para desenvolver algo conhecido como European Aviation Network (Rede Europeia de Aviação), um sistema wi-fi de alta capacidade disponível para todos os membros da UE, além da Suíça e da Noruega. O sistema, que usa torres terrestres e satélites geossíncronos, ainda está engatinhando, mas já foi adotado por várias companhias aéreas européias (veja a lista abaixo).
Em suma, há investimento no desenvolvimento de melhorias dos sistemas wi-fi durante o voo e, nos próximos anos, a confiabilidade e a velocidade estão prontas para se recuperarem rapidamente. Em um futuro muito próximo, a breve pausa que uma viagem de avião costumava oferecer do mundo digital sempre conectado se torná rapidamente algo do passado.
Fique conectado quando você viaja
Quer você decida aproveitar ou não a oportunidade que um voo oferece para se desligar e se desconectar, ao chegar ao seu destino você quer ter uma conexão de internet rápida e confiável disponível o tempo todo. Clique aqui para a nossa solução wi-fi portátil que lhe dá acesso à Internet de alta velocidade em movimento.
Lista de companhias aéreas oferecendo autalmente serviço de wi-fi no voo
Aqui estão algumas das companhias aéreas que já oferecem a seus clientes a chance de se conectarem ao wi-fi nas alturas:
- Air Lingus**
- Aeroflot
- AirAsia
- Air Canada
- Air China*
- Air Europa
- Air France
- AirTran
- Alaska Airlines
- Alitalia
- All Nippon Airlines
- American Airlines
- Ana
- British Airways**
- Cebu Pacific Air
- China Eastern Airlines
- Delta Airlines
- Egypt Air
- Emirates*
- Etihad
- EVA Air
- Finnair
- Garuda Indonesia
- GOL Linhas Aereas Inteligentes
- Gulf Air
- Hong Kong Airlines*
- Iberia**
- Icelandair
- Jal
- JetBlue*
- Lufthansa**
- Libyan Airline
- Malindoair
- Mango Airlines
- Nok Air*
- Norwegian*
- Oman Air
- Philippine Airlines (PAL)*
- Qatar Airways
- Ryanair
- SAS
- Saudi Arabian Airlines
- Singapore Airlines
- Southwest Airlines
- TAM
- TAP Portugal
- Thai Airways
- Turkish Airlines*
- United
- US Airways
- Vietnam Airlines
- Virgin America
- Vueling**
- Westjet
*Companhias aéreas que oferecem acesso wi-fi gratuito em alguns serviços.
**Companhias aéreas já conectadas à European Aviation Network em alguns serviços.